Escrito por Marcelo Lopes Máximo02 Abril 2013Acessos: 2827

Cultura Ambiental

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Tendo em vista a atual situação que encontra-se o meio ambiente e o desequilíbrio ecológico, acarretando sérios danos à vida terrestre de uma forma geral, é imprescindível o desenvolvimento de uma nova cultura, a Cultura Ambientalista.

A humanidade centraliza no ser humano, o poder e a utilização dos recursos naturais, alegando necessidades para a sobrevivência, como se a natureza existisse para lhe servir. Com a evolução rápida de recursos tecnológicos, industriais, o homem passou a desenvolver necessidades supérfluas, que somente contribuem para o desequilíbrio ecológico. Não necessitamos, na verdade, de muitos pares de sapato, de inúmeras peças de roupas, mas a cultura altamente consumista, que está enraizada na nossa sociedade, faz do homem e da mulher, seres cegos, em relação ao que estão fazendo para o meio ambiente.

Durante muito tempo os humanos, ditos civilizados, viam nos índios um povo ignorante, que se encontrava distante de tantas facilidades civilizatórias. O povo civilizado sempre quis levar ao índio o seu conhecimento e a sua cultura. Mas, é bem verdade que isto já está se invertendo. O próprio índio, dono de uma cultura naturalista impírica, fantástica, trará para o povo civilizado, a sua cultura. Há que se reconhecer que o povo indígena é o maior exemplo de vida em harmonia com o meio ambiente. O índio utiliza os recursos naturais para a sua sobrevivência e não preocupa-se em acumular riquezas pois a sua maior riqueza é a Terra (que dia a dia lhe é roubada pela civilização moderna).

Chegou a hora de o homem civilizado aprender com a simplicidade dos povos indígenas. É preciso reaprender a viver, e isto é muito difícil. Reeducar é mais difícil do que educar por ser necessário "desaprender" para "reaprender".

Há muitos anos, ouvi uma celebre frase de Enstein. Quando lhe perguntaram como ele achava que seria a terceira guerra mundial, sabiamente ele respondeu:

"A terceira guerra mundial, não sei como será, mas a quarta, com certeza, será de arco e flecha."

Será que a humanidade deixará isso acontecer? Quando irá aprender ou reaprender a viver com dignidade e respeito para com o meio ambiente? As vezes, sinto muita vergonha e tristeza por fazer parte desta civilização pois, como todos, também aprendi a viver "errado".

Darcy Ribeiro, em seu livro "Noções de Coisas", nos apresenta uma apelo para esta tão necessária mudança:

“Estamos destruindo a vida com virulência tal, que parece suicídio. Seria uma morte procurada, se não fosse o resultado da destrutividade humana, aparentemente inevitável que acabará mesmo com tudo que vale a pena. Só não o fará, de fato, se se desencadear uma nova revolução; depois da primeira, divina, que engendrou a vida; a segunda, humana, que humanizou e mecanizou o mundo. A terceira seria um freio que detivesse a poluição e a destrutividade...

...Na verdade das coisas, não seria nenhum acontecimento sideral, se a vida se apagasse, espontaneamente, na Terra...

...Seria, porém, uma tristeza do ponto de vista do agente ativo da morte da vida, que somos nós, os humanos. Para nós, portanto, nada é mais imperativo e urgente do que inverter este processo, desencadeando uma terceira revolução, a ecológica, para que a vida sobreviva.” Darcy Ribeiro - Noções de Coisas, Ed. FDT

Finalizando com as palavras de Humawt'a

“O dia em que vocês envenenarem o último rio, abaterem a última árvore, assassinarem o último animal... quando não existirem nem flores, nem pássaros, se darão conta de que dinheiro não se come”. Humawt’a - sábio indígena

Fonte: http://www.oikoslogos.jex.com.br/palavra+de+quem+entende/a+cultura+ambiental

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